Neste momento, me utilizarei de uma excelente análise, em minha opinião, feita por Geoffrey Canada para o TED, o qual pode ser acessado neste link, para falar sobre um assunto de extrema importância e muito pouco discutido no cenário educacional brasileiro: A extrema letargia que podemos verificar em suas estruturas de aplicação e execução.
Por vezes, pensamos (de maneira errônea) que tais problemas da Educação são verificados somente em terras tupiniquins, o que não está correto. Tal incapacidade dos educadores em verificar os problemas de aprendizagem e motivação apresentados pelos alunos, salvo poucas exceções, está presente em praticamente todo o mundo. Segundo Canada, boa parte das Instituições de Pesquisa educacional elaboram, conforme os anos, indicadores educacionais que mostram baixas capacidades de retenção e aprimoramento de grande parte dos alunos de muitas escolas, fazendo com que boa parte deles as abandonem em certo tempo. Seu argumento é o de que, diferentemente da maneira padrão de analisar os fatos, elaborando um indicador da turma para o ano seguinte, devemos procurar resolver os problemas verificados pela turma, pelo aluno, naquele momento, onde ainda se torna possível a recuperação dos mesmos. Ainda acrescenta que novos métodos para a prática educacional são vistos, na maior parte das vezes, de maneira indiferente e revoltosa pelos demais educadores em geral. Contudo, é ressaltado que o modelo atual já não é mais exitoso há muitas décadas, e que a Inovação se faz necessária, não apenas no contexto da sala de aula, mas também como todos os demais domínios do Conhecimento Humano, e que devemos, sim, tentar novos métodos, mesmo que hajam falhas em alguns deles.
Aplicando tais análises no contexto brasileiro, percebo que a coisa pode ainda ir mais além. Os indicadores são produzidos, apresentando baixíssimos resultados médios. Contudo, há o agravante de que, como maneira de solução, é imposta "goela abaixo" mais práticas do modelo vigente, que já não apresenta nenhuma eficácia. Mais professores com baixos incentivos, tanto financeiros quanto de métodos, praticamente nenhum incentivo às novas práticas e métodos educacionais, sem contar na extrema indiferença oferecida pela própria comunidade discente, que tenta, através de seus discursos, remodelar ao Governo, População e Mídia, mas que não procura reinventar a si própria, e que ainda insiste com práticas mais entusiastas de ensino aos alunos, com a presença de menor grau da"decoreba" e maior grau da "apliqueba". Também, pouca importância é dada à areas de suma importância na construção de toda uma cultura populacional, tais como o Esporte em geral, Música, Artes, Bem-Estar físico e mental, Ética e Moral.
Portanto, termino por dizer que, em minha humilde opinião, salvo raras exceções, tanto no Sistema Público quanto Privado de Ensino, a sensação que tenho é de uma estrutura letárgica, em que todos nós possuímos nossa parcela de culpa, com extrema indiferença aos verdadeiros problemas educacionais no país, e como seu maior agravante a quase nenhuma prática de Ensino Ético, Moral e Filosófico, que permeiam e baseiam todas as relações humanas.
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